Tens essa mania de abanar a cabeça
como se ela fosse cair,
parece que alongas o pescoço na pista
só para descontrair.
E com esse sorriso sempre na cara,
o meu queixo começa a descair.
Mexes mais os pés do que os braços,
ia jurar que te deslocas aos pedaços.
Vês conhecidos, amigos, miúdas giras
que cumprimentas com longos abraços.
Mas não dás grande conversa a ninguém.
Não estás ali para saber tudo,
nem para conhecer a fundo a história de alguém.
Não queres propriamente tagarelar,
fumar, acalmar e sentar.
Só te ris e falas com quem
interage contigo a dançar,
numa espécie de ritual onde ficam
alguns no meio da pista a balançar.
Aqueles sim,
os inimigos do fim.
É por isso que gosto de ti.